Juvêncio Marins: o bisneto de escravos que se tornou Juiz, Escritor, Jornalista e Professor
Hoje vou falar de um mulato da Bahia que de há muito me inspira e que uso costumeiramente como paradigma e fonte de consulta e de exemplo em minhas palestras de autoajuda. Essa é a primeira parte dessa matéria, as próximas postarei oportunamente. Refiro-me ao Juiz Federal do Trabalho, Jornalista, Professor e Escritor Juvêncio Marins ou como o próprio usa no campo da literatura: J. Marins .
Veja e participe do blog dele em www.cronicasjmarins.blogspot.com
Veja e curta sua página oficial no facebook: https://www.facebook.com/jmarins.oficial/
Conheci Juvêncio Marins de Oliveira nos idos da campanha de Fernando Collor à Presidência da República. Ele, baiano, eu, mineiro, partilhávamos de diferentes posições políticas. Ele, cerca de dez anos mais novo do que eu, tinha no olhar um misterioso e encantador brilho, que, pouco tempo depois, compreendi conter a seguinte mensagem: 'Perseverar sempre". Acreditar, mover moinhos, mas sempre acreditar que o possível é mais possível do que se imagina. Uma de suas melhores frases que transcrevo aqui ilustra bem quem ele é, como pensa e atua: "Tentaram nos enterrar, todavia esqueceram que somos sementes".
Juvêncio é de um desprendimento tal que brinca com o próprio nome dizendo que de tão raro é possível apenas encontrar um ou dois exemplares nas listas de concursos públicos (como, aliás, aconteceu com o próprio num certo certame dessa natureza, conforme me contou). Aliás, desprendimento é algo que vejo nele com frequência, como quando doou cerca de 720 livros à biblioteca da Câmara de Vereadores de Salvador, fato documentado e referendado pelo Vereador Odiosvaldo Vigas, seu antigo companheiro de partido.
Veja aqui: http://www.cms.ba.gov.br/noticia_int.aspx?id=9947
Nascido em Salvador, na gloriosa e acalentadora Bahia, figura no "time" de filhos que seu pai Juvenal e sua mãe Francisca trouxeram ao mundo. Antepenúltimo ou como diz o número três entre os derradeiros filhos do casal, ele passou por escolas públicas até ser aprovado aos 17 anos no vestibular da Faculdade de Direito da UCSAL, em 1983, onde formou-se em Direito em 1987 e mais tarde obteria pós-graduação. Não parou aí. Buscou a Sociologia, o Jornalismo e iniciou sua vida adulta já aos 18 anos com a aprovação no concurso do Ministério da Marinha para o pessoal civil. Esse foi o primeiro dos muitos concursos que fez e foi aprovado. Ambientalista, ativista do movimento negro e defensor da liberdade de opinião religiosa, política, sexual e de gênero, tentou a Política em 1988, ficando na suplência no cargo de Vereador, pelo PSC (foi um dos seus vice-presidentes e também assessor jurídico), que ajudou a fundar no estado, junto com o saudoso arquiteto e ex-deputado federal Vasco Neto, e o gratíssimo advogado Danilo Azevedo. Nos anos 80 e parte dos anos 90, Juvêncio participou ativamente, também, da Anistia Internacional.
Ocupou inúmeros cargos, como Chefe de Gabinete em Câmaras Municipais e em Prefeituras, trabalhou em jornais e rádios, foi e ainda é palestrante, professor por 15 anos em várias Faculdades de Direito, foi advogado por quase 20 anos, é magistrado há mais de 12 anos, no entanto, sua grande paixão indubitavelmente é a literatura, onde logrou êxito como roteirista e escritor vencendo prêmios literários e publicando livros tanto de não-ficção como de ficção. Lançou livro de ficção (prefaciado pelo mestre em letras e ex-deputado Wilson Lins), na própria Academia Brasileira de Letras, junto com o imortal Arnaldo Niskier, sob a influência do inesquecível Germano Machado, ensaísta e fundador do CEPA, do advogado e escritor Geraldo Leony e dos saudosos Hermano Gouveia Neto e Carlindo Leite, fato também repetido na Academia de Letras da Bahia, no Palácio Góes Calmom, em 1989. Seus mais recentes romances foram lançados em 2014 e 2016, inclusive durante a Bienal do Livro em São Paulo, em 2014. Seu gosto pela escrita começou muito cedo. E já como vencedor. Ainda adolescente, venceu três vezes seguidas os prêmios literários de crônicas do Caderno de Literatura JOBA, organizado pelos jornalistas Adinoel Mota Maia e Vera Reis Ribeiro Maia, no antigo Jornal da Bahia, o que levou o Jornal a cancelar o prêmio em 1980 para, segundo Juvêncio, ele não conquistar o prêmio pela quarta vez - sic, conforme me dizia brincando e dizendo que os prêmios eram enciclopédias de livros, que muito o auxiliaram. A nível nacional, foi três vezes consecutivas semifinalista no Prêmio SESC de Literatura, o principal prêmio literário da atualidade no país. O três parece ser um emblema no Juvêncio. Aliás, o próprio é fissurado pelos números 3, 6 e 9, parodiando o grande inventor Nikola Tesla, por sinal até personagem num dos seus livros de ficção, assim como Winston Churchill, personalidades como tantas outras que ilustram e compõem alguns dos seus livros, graças ao gigantesco domínio dos assuntos ligados à história mundial e ao simbolismo que o Juvêncio possui, sendo, inclusive, membro autônomo colaborador da Ritman Library, em Amsterdam, Holanda (a mesma biblioteca usada pelo mundialmente famoso escritor Dan Brown, autor de O Código da Vinci), seguindo os passos e as orientações que lhe foram passadas por Jorge Amado, nas muitas tardes de conversa com o grande escritor de Gabriela Cravo e Canela.
Certa vez narrou-me seu encontro com Raul Seixas e Paulo Coelho (ainda não escritor famoso), nos idos da copa do mundo de 1978, nas cercanias da ladeira dos Galés, mas precisamente, na rua Castro Neves, onde morava a mãe de Raul. Juvêncio, então com 12 anos, era apaixonado por gibis e livros, mas, como seu pai dispunha de poucos recursos, ele teve uma boa, simples e prática ideia: tendo em vista que, na época, alguns açougues enrolavam carnes em jornais, e como a vizinhança era useira de assinaturas de periódicos, que mais das vezes entulhavam as latas de lixo, Juvêncio se ofereceu aos vizinhos para "jogar fora" os jornais velhos. Óbvio que todos adoraram a sugestão, e havia quem até lhe cobrava avisando que o quintal estava entupido de jornais e que ele precisava recolher. Ele os recolhia, separava os melhores e ainda limpos, amarrava com cordão e seguia com o pesado fardo nas costas até o açougue que ficava defronte à casa da mãe de Raul, onde este e Paulo Coelho costumavam passar tardes sentados sob a sombra do flamboyant que vinha dos fundos do quartel do hospital do exército ali localizado. O açougueiro pesava os jornais e lhe entregava moedas com as quais ele adquiria seus livros (como os da coleção vaga-lume da editora Ática), gibis, revistas como Tio Patinhas, Fantasma ou Tex Willer, Turma da Mônica, Zé Carioca, Recruta Zero, Homem Aranha e Mandrake - cartel bem variado, convenhamos, bem típico da aguçada curiosidade e criatividade do Juvêncio. Numa dessas suas idas e vindas, Paulo Coelho quis saber o que ele fazia semanalmente no açougue com tantos jornais, ao que o Juvêncio explicou os motivos, recebendo do futuro grande autor brasileiro algumas palavras de incentivo e um apelido carinhoso que guarda consigo ainda hoje.
Para ser aprovado no concurso para Juiz Federal do Trabalho, como não tinha livros suficientes, decidiu escutar seu pai, o velho advogado e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Juvenal Oliveira, e criou um método especial e simples para estudar, baseado nos conselhos de Juvenal e nas técnicas de Richard Phillips Feynman. Aplicou em si mesmo, foi aprovado e depois decidiu vender o sistema seja em livros ou em palestras. Batizou de Método 10 Minutos, capaz de desenvolver as potencialidades e de triplicar as chances de memorização e aprovação em concursos públicos ou em qualquer atividade, tanto que convido você a conhecer entrando em contato com o Juvêncio através de suas mídias. Esse Método foi alvo, inclusive de testes em escolas, comprovando que estudar o essencial e a base funciona muito melhor do que uma pilha de livros que via de regra dizem a mesma coisa.
Numa oportunidade que o reencontrei num desses aeroportos brasileiros (ele sempre com o brilho entusiástico, sincero e alvissareiro no olhar), após os cumprimentos e reavivamento das novidades da vida, eu lhe disse: "que pele boa é essa, rapaz. Você não envelhece?"; ele sorriu e brincou dizendo: "minha mãe sempre diz que a gente reflete o que tem dentro do coração e da mente". Depois lhe fiz outra pergunta: "de onde vem sua energia e essa disposição?". Ele respondeu na lata: "de Deus e também de mim, quando acredito Nele e que posso conseguir". E foi mais além, afirmando "agradecer é o sinal que liga as pessoas deste mundo com Deus. Gratidão. Sou grato por muitas coisas, do simples ato de poder tomar um banho de chuveiro até comer, inclusive sou grato a Deus por ter me dado a oportunidade de conviver e aprender com muita gente capacitada, de bom coração e inteligência abundante como meu pai, minha mãe, meus irmãos, como minha irmã Nice, meu sobrinho Fabiano, Humberto Machado, Germano Machado, Geraldo Leony, Nilson Araújo, Roberto de Freitas Pessoa, Marielza Brandão, Baltazar Miranda, Vasco Neto, Danilo Azevedo, Luislinda Dias Valois, Lúcia Avena, dra. Neuza Silva, professor Fernando Tourinho Neto, Daniel Nuzmán, Paola Galeana, Edmundo Sampaio Jones, Deraldo Dias de Moraes Neto, Humberto Riella, Wilson Lins, Taurino Araújo, Dirley da Cunha Junior, Jairo Sento Sé, Márcio Mattos de Oliveira, Norma Caciolli, Mario Nelson, Nilma Nélia, Nerivaldo, Otoniel Pereira Reis, Ricardo Martins, Nivaldo, Edna (minha eterna contadora), Fábio (todos os Fábios que conheço), Joaquim Pedreira Franco, Paulo Cerqueira, Odiosvaldo Vigas, Fernando Brandão, Ricardo Peronni, Stela Neuquén, Patrick Bonsuair, Oswaldo grande aluno e velho amigo, Cremildo Amorim, Geraldão de Cajazeiras, você Bermudes, enfim, tantas pessoas no meu passado que corro o risco, ao não citar todas, de ser injusto pelo esquecimento, mas que com certeza contribuíram para o que hoje sou" (grifos meus).
Esse é o Juvêncio, ou como ele mesmo diz: semente, que por mais que se enterre sempre brotará, e brotará, e brotará e brotará, fulcrado na simples razão da lógica inexorável da persistência. O bisneto de escravos que se tornou Juiz, Professor universitário, Palestrante, Jornalista e Escritor. Esse cara desenxabido que me mostrou que homem chora, homem tem sentimentos, mas seja homem ou seja mulher, sempre é necessário acreditar em si para que os outros também acreditem e passem a crer que tanto você quanto os demais são agentes com destinos definidos, bastando crer e tornar isso prático, O próprio Juvêncio busca levar adiante essa mensagem, através do Movimento Libertologia, que faz parte e é um dos fundadores no Brasil, inclusive, Juvêncio é um dos idealizadores da Ciência da Liberdade, base da prática e da Lei da Atração utilizadas no movimento.
Veja matéria aqui: http://www.libertology.org/2018/01/the-writer-j-marins-expands.html
Veja aqui mais sobre o Movimento Libertologia no Brasil: www.libertologia.org
Veja a página do Movimento Libertologia no Facebook: https://www.facebook.com/libertologia.org/
Veja aqui um vídeo institucional do Movimento Libertologia com um dos cursos e palestras que o Juvêncio Marins ministra:
Siga em frente sua caminhada, Juvêncio. Parabéns novamente a você e que, como me disse em outra oportunidade, citando as qualidades que um Juiz deve ter: "seja sempre razoável e use sempre o bom senso". Isso e, claro, como sempre, permaneça nos ensinando como ser sementes.
Sou Antonio Bermudes Junior, Sociólogo, Filósofo, Advogado, Jornalista e Terapeuta
Hoje vou falar de um mulato da Bahia que de há muito me inspira e que uso costumeiramente como paradigma e fonte de consulta e de exemplo em minhas palestras de autoajuda. Essa é a primeira parte dessa matéria, as próximas postarei oportunamente. Refiro-me ao Juiz Federal do Trabalho, Jornalista, Professor e Escritor Juvêncio Marins ou como o próprio usa no campo da literatura: J. Marins .
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Veja e curta sua página oficial no facebook: https://www.facebook.com/jmarins.oficial/
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Conheci Juvêncio Marins de Oliveira nos idos da campanha de Fernando Collor à Presidência da República. Ele, baiano, eu, mineiro, partilhávamos de diferentes posições políticas. Ele, cerca de dez anos mais novo do que eu, tinha no olhar um misterioso e encantador brilho, que, pouco tempo depois, compreendi conter a seguinte mensagem: 'Perseverar sempre". Acreditar, mover moinhos, mas sempre acreditar que o possível é mais possível do que se imagina. Uma de suas melhores frases que transcrevo aqui ilustra bem quem ele é, como pensa e atua: "Tentaram nos enterrar, todavia esqueceram que somos sementes".
Juvêncio é de um desprendimento tal que brinca com o próprio nome dizendo que de tão raro é possível apenas encontrar um ou dois exemplares nas listas de concursos públicos (como, aliás, aconteceu com o próprio num certo certame dessa natureza, conforme me contou). Aliás, desprendimento é algo que vejo nele com frequência, como quando doou cerca de 720 livros à biblioteca da Câmara de Vereadores de Salvador, fato documentado e referendado pelo Vereador Odiosvaldo Vigas, seu antigo companheiro de partido.
Veja aqui: http://www.cms.ba.gov.br/noticia_int.aspx?id=9947
Nascido em Salvador, na gloriosa e acalentadora Bahia, figura no "time" de filhos que seu pai Juvenal e sua mãe Francisca trouxeram ao mundo. Antepenúltimo ou como diz o número três entre os derradeiros filhos do casal, ele passou por escolas públicas até ser aprovado aos 17 anos no vestibular da Faculdade de Direito da UCSAL, em 1983, onde formou-se em Direito em 1987 e mais tarde obteria pós-graduação. Não parou aí. Buscou a Sociologia, o Jornalismo e iniciou sua vida adulta já aos 18 anos com a aprovação no concurso do Ministério da Marinha para o pessoal civil. Esse foi o primeiro dos muitos concursos que fez e foi aprovado. Ambientalista, ativista do movimento negro e defensor da liberdade de opinião religiosa, política, sexual e de gênero, tentou a Política em 1988, ficando na suplência no cargo de Vereador, pelo PSC (foi um dos seus vice-presidentes e também assessor jurídico), que ajudou a fundar no estado, junto com o saudoso arquiteto e ex-deputado federal Vasco Neto, e o gratíssimo advogado Danilo Azevedo. Nos anos 80 e parte dos anos 90, Juvêncio participou ativamente, também, da Anistia Internacional.
Ocupou inúmeros cargos, como Chefe de Gabinete em Câmaras Municipais e em Prefeituras, trabalhou em jornais e rádios, foi e ainda é palestrante, professor por 15 anos em várias Faculdades de Direito, foi advogado por quase 20 anos, é magistrado há mais de 12 anos, no entanto, sua grande paixão indubitavelmente é a literatura, onde logrou êxito como roteirista e escritor vencendo prêmios literários e publicando livros tanto de não-ficção como de ficção. Lançou livro de ficção (prefaciado pelo mestre em letras e ex-deputado Wilson Lins), na própria Academia Brasileira de Letras, junto com o imortal Arnaldo Niskier, sob a influência do inesquecível Germano Machado, ensaísta e fundador do CEPA, do advogado e escritor Geraldo Leony e dos saudosos Hermano Gouveia Neto e Carlindo Leite, fato também repetido na Academia de Letras da Bahia, no Palácio Góes Calmom, em 1989. Seus mais recentes romances foram lançados em 2014 e 2016, inclusive durante a Bienal do Livro em São Paulo, em 2014. Seu gosto pela escrita começou muito cedo. E já como vencedor. Ainda adolescente, venceu três vezes seguidas os prêmios literários de crônicas do Caderno de Literatura JOBA, organizado pelos jornalistas Adinoel Mota Maia e Vera Reis Ribeiro Maia, no antigo Jornal da Bahia, o que levou o Jornal a cancelar o prêmio em 1980 para, segundo Juvêncio, ele não conquistar o prêmio pela quarta vez - sic, conforme me dizia brincando e dizendo que os prêmios eram enciclopédias de livros, que muito o auxiliaram. A nível nacional, foi três vezes consecutivas semifinalista no Prêmio SESC de Literatura, o principal prêmio literário da atualidade no país. O três parece ser um emblema no Juvêncio. Aliás, o próprio é fissurado pelos números 3, 6 e 9, parodiando o grande inventor Nikola Tesla, por sinal até personagem num dos seus livros de ficção, assim como Winston Churchill, personalidades como tantas outras que ilustram e compõem alguns dos seus livros, graças ao gigantesco domínio dos assuntos ligados à história mundial e ao simbolismo que o Juvêncio possui, sendo, inclusive, membro autônomo colaborador da Ritman Library, em Amsterdam, Holanda (a mesma biblioteca usada pelo mundialmente famoso escritor Dan Brown, autor de O Código da Vinci), seguindo os passos e as orientações que lhe foram passadas por Jorge Amado, nas muitas tardes de conversa com o grande escritor de Gabriela Cravo e Canela.
Certa vez narrou-me seu encontro com Raul Seixas e Paulo Coelho (ainda não escritor famoso), nos idos da copa do mundo de 1978, nas cercanias da ladeira dos Galés, mas precisamente, na rua Castro Neves, onde morava a mãe de Raul. Juvêncio, então com 12 anos, era apaixonado por gibis e livros, mas, como seu pai dispunha de poucos recursos, ele teve uma boa, simples e prática ideia: tendo em vista que, na época, alguns açougues enrolavam carnes em jornais, e como a vizinhança era useira de assinaturas de periódicos, que mais das vezes entulhavam as latas de lixo, Juvêncio se ofereceu aos vizinhos para "jogar fora" os jornais velhos. Óbvio que todos adoraram a sugestão, e havia quem até lhe cobrava avisando que o quintal estava entupido de jornais e que ele precisava recolher. Ele os recolhia, separava os melhores e ainda limpos, amarrava com cordão e seguia com o pesado fardo nas costas até o açougue que ficava defronte à casa da mãe de Raul, onde este e Paulo Coelho costumavam passar tardes sentados sob a sombra do flamboyant que vinha dos fundos do quartel do hospital do exército ali localizado. O açougueiro pesava os jornais e lhe entregava moedas com as quais ele adquiria seus livros (como os da coleção vaga-lume da editora Ática), gibis, revistas como Tio Patinhas, Fantasma ou Tex Willer, Turma da Mônica, Zé Carioca, Recruta Zero, Homem Aranha e Mandrake - cartel bem variado, convenhamos, bem típico da aguçada curiosidade e criatividade do Juvêncio. Numa dessas suas idas e vindas, Paulo Coelho quis saber o que ele fazia semanalmente no açougue com tantos jornais, ao que o Juvêncio explicou os motivos, recebendo do futuro grande autor brasileiro algumas palavras de incentivo e um apelido carinhoso que guarda consigo ainda hoje.
Para ser aprovado no concurso para Juiz Federal do Trabalho, como não tinha livros suficientes, decidiu escutar seu pai, o velho advogado e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Juvenal Oliveira, e criou um método especial e simples para estudar, baseado nos conselhos de Juvenal e nas técnicas de Richard Phillips Feynman. Aplicou em si mesmo, foi aprovado e depois decidiu vender o sistema seja em livros ou em palestras. Batizou de Método 10 Minutos, capaz de desenvolver as potencialidades e de triplicar as chances de memorização e aprovação em concursos públicos ou em qualquer atividade, tanto que convido você a conhecer entrando em contato com o Juvêncio através de suas mídias. Esse Método foi alvo, inclusive de testes em escolas, comprovando que estudar o essencial e a base funciona muito melhor do que uma pilha de livros que via de regra dizem a mesma coisa.
Veja aqui: http://www.cms.ba.gov.br/noticia_int.aspx?id=9947
Nascido em Salvador, na gloriosa e acalentadora Bahia, figura no "time" de filhos que seu pai Juvenal e sua mãe Francisca trouxeram ao mundo. Antepenúltimo ou como diz o número três entre os derradeiros filhos do casal, ele passou por escolas públicas até ser aprovado aos 17 anos no vestibular da Faculdade de Direito da UCSAL, em 1983, onde formou-se em Direito em 1987 e mais tarde obteria pós-graduação. Não parou aí. Buscou a Sociologia, o Jornalismo e iniciou sua vida adulta já aos 18 anos com a aprovação no concurso do Ministério da Marinha para o pessoal civil. Esse foi o primeiro dos muitos concursos que fez e foi aprovado. Ambientalista, ativista do movimento negro e defensor da liberdade de opinião religiosa, política, sexual e de gênero, tentou a Política em 1988, ficando na suplência no cargo de Vereador, pelo PSC (foi um dos seus vice-presidentes e também assessor jurídico), que ajudou a fundar no estado, junto com o saudoso arquiteto e ex-deputado federal Vasco Neto, e o gratíssimo advogado Danilo Azevedo. Nos anos 80 e parte dos anos 90, Juvêncio participou ativamente, também, da Anistia Internacional.
Ocupou inúmeros cargos, como Chefe de Gabinete em Câmaras Municipais e em Prefeituras, trabalhou em jornais e rádios, foi e ainda é palestrante, professor por 15 anos em várias Faculdades de Direito, foi advogado por quase 20 anos, é magistrado há mais de 12 anos, no entanto, sua grande paixão indubitavelmente é a literatura, onde logrou êxito como roteirista e escritor vencendo prêmios literários e publicando livros tanto de não-ficção como de ficção. Lançou livro de ficção (prefaciado pelo mestre em letras e ex-deputado Wilson Lins), na própria Academia Brasileira de Letras, junto com o imortal Arnaldo Niskier, sob a influência do inesquecível Germano Machado, ensaísta e fundador do CEPA, do advogado e escritor Geraldo Leony e dos saudosos Hermano Gouveia Neto e Carlindo Leite, fato também repetido na Academia de Letras da Bahia, no Palácio Góes Calmom, em 1989. Seus mais recentes romances foram lançados em 2014 e 2016, inclusive durante a Bienal do Livro em São Paulo, em 2014. Seu gosto pela escrita começou muito cedo. E já como vencedor. Ainda adolescente, venceu três vezes seguidas os prêmios literários de crônicas do Caderno de Literatura JOBA, organizado pelos jornalistas Adinoel Mota Maia e Vera Reis Ribeiro Maia, no antigo Jornal da Bahia, o que levou o Jornal a cancelar o prêmio em 1980 para, segundo Juvêncio, ele não conquistar o prêmio pela quarta vez - sic, conforme me dizia brincando e dizendo que os prêmios eram enciclopédias de livros, que muito o auxiliaram. A nível nacional, foi três vezes consecutivas semifinalista no Prêmio SESC de Literatura, o principal prêmio literário da atualidade no país. O três parece ser um emblema no Juvêncio. Aliás, o próprio é fissurado pelos números 3, 6 e 9, parodiando o grande inventor Nikola Tesla, por sinal até personagem num dos seus livros de ficção, assim como Winston Churchill, personalidades como tantas outras que ilustram e compõem alguns dos seus livros, graças ao gigantesco domínio dos assuntos ligados à história mundial e ao simbolismo que o Juvêncio possui, sendo, inclusive, membro autônomo colaborador da Ritman Library, em Amsterdam, Holanda (a mesma biblioteca usada pelo mundialmente famoso escritor Dan Brown, autor de O Código da Vinci), seguindo os passos e as orientações que lhe foram passadas por Jorge Amado, nas muitas tardes de conversa com o grande escritor de Gabriela Cravo e Canela.
Certa vez narrou-me seu encontro com Raul Seixas e Paulo Coelho (ainda não escritor famoso), nos idos da copa do mundo de 1978, nas cercanias da ladeira dos Galés, mas precisamente, na rua Castro Neves, onde morava a mãe de Raul. Juvêncio, então com 12 anos, era apaixonado por gibis e livros, mas, como seu pai dispunha de poucos recursos, ele teve uma boa, simples e prática ideia: tendo em vista que, na época, alguns açougues enrolavam carnes em jornais, e como a vizinhança era useira de assinaturas de periódicos, que mais das vezes entulhavam as latas de lixo, Juvêncio se ofereceu aos vizinhos para "jogar fora" os jornais velhos. Óbvio que todos adoraram a sugestão, e havia quem até lhe cobrava avisando que o quintal estava entupido de jornais e que ele precisava recolher. Ele os recolhia, separava os melhores e ainda limpos, amarrava com cordão e seguia com o pesado fardo nas costas até o açougue que ficava defronte à casa da mãe de Raul, onde este e Paulo Coelho costumavam passar tardes sentados sob a sombra do flamboyant que vinha dos fundos do quartel do hospital do exército ali localizado. O açougueiro pesava os jornais e lhe entregava moedas com as quais ele adquiria seus livros (como os da coleção vaga-lume da editora Ática), gibis, revistas como Tio Patinhas, Fantasma ou Tex Willer, Turma da Mônica, Zé Carioca, Recruta Zero, Homem Aranha e Mandrake - cartel bem variado, convenhamos, bem típico da aguçada curiosidade e criatividade do Juvêncio. Numa dessas suas idas e vindas, Paulo Coelho quis saber o que ele fazia semanalmente no açougue com tantos jornais, ao que o Juvêncio explicou os motivos, recebendo do futuro grande autor brasileiro algumas palavras de incentivo e um apelido carinhoso que guarda consigo ainda hoje.
Para ser aprovado no concurso para Juiz Federal do Trabalho, como não tinha livros suficientes, decidiu escutar seu pai, o velho advogado e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Juvenal Oliveira, e criou um método especial e simples para estudar, baseado nos conselhos de Juvenal e nas técnicas de Richard Phillips Feynman. Aplicou em si mesmo, foi aprovado e depois decidiu vender o sistema seja em livros ou em palestras. Batizou de Método 10 Minutos, capaz de desenvolver as potencialidades e de triplicar as chances de memorização e aprovação em concursos públicos ou em qualquer atividade, tanto que convido você a conhecer entrando em contato com o Juvêncio através de suas mídias. Esse Método foi alvo, inclusive de testes em escolas, comprovando que estudar o essencial e a base funciona muito melhor do que uma pilha de livros que via de regra dizem a mesma coisa.
Numa oportunidade que o reencontrei num desses aeroportos brasileiros (ele sempre com o brilho entusiástico, sincero e alvissareiro no olhar), após os cumprimentos e reavivamento das novidades da vida, eu lhe disse: "que pele boa é essa, rapaz. Você não envelhece?"; ele sorriu e brincou dizendo: "minha mãe sempre diz que a gente reflete o que tem dentro do coração e da mente". Depois lhe fiz outra pergunta: "de onde vem sua energia e essa disposição?". Ele respondeu na lata: "de Deus e também de mim, quando acredito Nele e que posso conseguir". E foi mais além, afirmando "agradecer é o sinal que liga as pessoas deste mundo com Deus. Gratidão. Sou grato por muitas coisas, do simples ato de poder tomar um banho de chuveiro até comer, inclusive sou grato a Deus por ter me dado a oportunidade de conviver e aprender com muita gente capacitada, de bom coração e inteligência abundante como meu pai, minha mãe, meus irmãos, como minha irmã Nice, meu sobrinho Fabiano, Humberto Machado, Germano Machado, Geraldo Leony, Nilson Araújo, Roberto de Freitas Pessoa, Marielza Brandão, Baltazar Miranda, Vasco Neto, Danilo Azevedo, Luislinda Dias Valois, Lúcia Avena, dra. Neuza Silva, professor Fernando Tourinho Neto, Daniel Nuzmán, Paola Galeana, Edmundo Sampaio Jones, Deraldo Dias de Moraes Neto, Humberto Riella, Wilson Lins, Taurino Araújo, Dirley da Cunha Junior, Jairo Sento Sé, Márcio Mattos de Oliveira, Norma Caciolli, Mario Nelson, Nilma Nélia, Nerivaldo, Otoniel Pereira Reis, Ricardo Martins, Nivaldo, Edna (minha eterna contadora), Fábio (todos os Fábios que conheço), Joaquim Pedreira Franco, Paulo Cerqueira, Odiosvaldo Vigas, Fernando Brandão, Ricardo Peronni, Stela Neuquén, Patrick Bonsuair, Oswaldo grande aluno e velho amigo, Cremildo Amorim, Geraldão de Cajazeiras, você Bermudes, enfim, tantas pessoas no meu passado que corro o risco, ao não citar todas, de ser injusto pelo esquecimento, mas que com certeza contribuíram para o que hoje sou" (grifos meus).
Esse é o Juvêncio, ou como ele mesmo diz: semente, que por mais que se enterre sempre brotará, e brotará, e brotará e brotará, fulcrado na simples razão da lógica inexorável da persistência. O bisneto de escravos que se tornou Juiz, Professor universitário, Palestrante, Jornalista e Escritor. Esse cara desenxabido que me mostrou que homem chora, homem tem sentimentos, mas seja homem ou seja mulher, sempre é necessário acreditar em si para que os outros também acreditem e passem a crer que tanto você quanto os demais são agentes com destinos definidos, bastando crer e tornar isso prático, O próprio Juvêncio busca levar adiante essa mensagem, através do Movimento Libertologia, que faz parte e é um dos fundadores no Brasil, inclusive, Juvêncio é um dos idealizadores da Ciência da Liberdade, base da prática e da Lei da Atração utilizadas no movimento.
Veja matéria aqui: http://www.libertology.org/2018/01/the-writer-j-marins-expands.html
Veja aqui mais sobre o Movimento Libertologia no Brasil: www.libertologia.org
Veja a página do Movimento Libertologia no Facebook: https://www.facebook.com/libertologia.org/
Veja aqui um vídeo institucional do Movimento Libertologia com um dos cursos e palestras que o Juvêncio Marins ministra:
Veja matéria aqui: http://www.libertology.org/2018/01/the-writer-j-marins-expands.html
Veja aqui mais sobre o Movimento Libertologia no Brasil: www.libertologia.org
Veja a página do Movimento Libertologia no Facebook: https://www.facebook.com/libertologia.org/
Veja aqui um vídeo institucional do Movimento Libertologia com um dos cursos e palestras que o Juvêncio Marins ministra:
Siga em frente sua caminhada, Juvêncio. Parabéns novamente a você e que, como me disse em outra oportunidade, citando as qualidades que um Juiz deve ter: "seja sempre razoável e use sempre o bom senso". Isso e, claro, como sempre, permaneça nos ensinando como ser sementes.
Sou Antonio Bermudes Junior, Sociólogo, Filósofo, Advogado, Jornalista e Terapeuta
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